SEU RESTAURANTE USA MUITOS ALIMENTOS PROCESSADOS NA PREPARAÇÃO DOS PRATOS? SAIBA COMO MELHORAR
Hoje em dia, é difícil encontrar um prato que não tenha pelo menos um ingrediente processado, afinal, esses alimentos viraram parte do dia a dia de muita gente.
De acordo com um estudo da Universidade de São Paulo (USP), inclusive, nos últimos dez anos, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos brasileiros cresceu em 5,5%.
E por quê isso acontece?
Oras, esses alimentos são mais fáceis de encontrar, duram bastante tempo e são super práticos.
Mas, como nem tudo que é fácil, é bom, vale entender melhor o que são esses alimentos, como eles são classificados e o impacto que eles podem ter na saúde - tanto da sua equipe quanto dos seus clientes.
Bora lá?
Mas afinal, o que são alimentos processados?
Os alimentos processados são aqueles que passaram por alguma mudança no seu estado natural.
Isso pode acontecer visando trazer mais segurança, durabilidade e/ou praticidade para cada um deles.
Atualmente, existe um sistema chamado NOVA, que ajuda a classificar esses alimentos.
Ele separa tudo em quatro tipos:
1. In natura ou minimamente processados
São aqueles alimentos quase do jeitinho que saem da natureza, que passam por pouco ou nenhum processo industrial.
Parceiros ideais para quem quer oferecer refeições mais saudáveis no restaurante, alguns exemplos incluem:
- Frutas e legumes frescos
- Iogurte natural
- Grãos integrais
2. Ingredientes culinários processados
Aqui entram os itens usados para cozinhar, que foram extraídos de alimentos naturais, tipo:
- Óleos (soja, girassol, azeite)
- Manteiga
- Banha
- Açúcar
- Mel
- Sal
3. Alimentos processados
Já os alimentos processados são alimentos feitos com a mistura dos ingredientes acima + os alimentos in natura.
Eles ainda mantêm boa parte do valor nutricional, mas já têm uns, digamos, “adicionais”.
Exemplos:
4. Alimentos ultraprocessados
Aqui, a coisa muda de figura.
Esses são cheios de ingredientes que você nem reconhece no rótulo, sendo bastante perigosos para a saúde.
- Refrigerante
- Batata frita congelada
- Salsicha
- Nuggets
- Hambúrgueres congelados
- Sorvete
- Biscoito recheado
- Comida pronta de micro-ondas
Normalmente, os alimentos ultraprocessados são ricos em açúcar, gordura saturada e sódio, sendo bem pobre em nutrientes.
Como o processamento muda a comida e o que isso causa?
Alguns alimentos processados até ganham nutrientes ao passar por algum tipo de processamento, mas, em contrapartida, outros perdem o que possuem de melhor.
Além disso, são muitos os aditivos adicionados nos mesmos, como conservantes, emulsificantes, corantes, adoçantes e gorduras hidrogenadas.
Cada um deles têm uma função específica no alimento, mas, no geral, fazem muito mal para a saúde.
Não à toa, o consumo de ultraprocessados está ligado a um monte de problemas sérios, como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, colesterol “ruim” alto (o LDL), demência, entre outros.
Aliás, os estudos mostram que quem consome mais alimentos ultraprocessados têm 31% mais riscos de morrer mais cedo do que quem consome menos.
Pesado, né?
Melhorando os ingredientes do seu restaurante
Tá, e como fazer para usar menos alimentos processados e ultraprocessados no seu restaurante, você deve estar se perguntando.
Primeiro de tudo, leia os rótulos dos insumos.
Quanto menor a lista de ingredientes, melhor. Se tiverem muitos nomes estranhos ou coisas que você não reconhece como comida “de verdade”, desconfie.
Em segundo lugar, priorize:
- Frutas, legumes e carnes frescas
- Laticínios simples (iogurte natural, queijo)
- Grãos como arroz integral, quinoa e aveia
- Nozes e castanhas sem sal
- Alimentos sem sódio
Por fim, evite a compra de refrigerantes e sucos artificiais, salgadinhos de pacote, carnes muito industrializadas, sobremesas congeladas e sopas prontas.
Rótulos com muitas promessas de “fit”, “zero” ou “light”, então, nem pensar!
Sabemos que, em um restaurante, na maioria das vezes, é difícil priorizar o mais saudável.
No entanto, o seu cliente pode ganhar muito ao comer, por exemplo, uma carne de hambúrguer feita de forma artesanal, ao invés daquela comprada de forma congelada no mercado ou distribuidora de alimentos.
Além de mais saudável, é mais gostoso, e você pode repassar isso no preço final.
Um recado para finalizar
Nem todo processado é vilão. Mas os ultraprocessados, definitivamente, merecem mais a sua atenção.
Se você quiser cuidar da saúde do seu time, dos seus clientes e ainda dar aquele toque especial no cardápio do seu restaurante, comece ajustando esses detalhes.
Com um pouco mais de carinho, dá pra manter a praticidade sem abrir mão da qualidade, combinado?
Conte com a Yooga para um melhor controle do seu estoque e insumos!
Continue no blog: Aprenda a reduzir o desperdício de alimentos no seu restaurante